LEGO Lord of the Rings


Os games da franquia LEGO historicamente adaptam seu material de origem de forma mais bem humorada, em um universo cheio de ação e extras, além do mundo recriado em tijolinhos, claro. No caso de LEGO Lord of the Rings, a primeira coisa que o jogador vai perceber é um esmero na produção, para se assemelhar mais fielmente aos filmes de Peter Jackson. Talvez porque este seja o material mais sério que a produtora já teve que lidar.

Por dentro do universo de Tolkien

No título são usados não apenas os mesmos personagens e cenas dos filmes, mas também as vozes e a música. A dublagem traz uma sensação de autenticidade, mesmo que às vezes as frases sejam editadas ou utilizadas em outro contexto. Por outro lado, saber editar o texto produz o tão conhecido bom humor da série. E, para agradar um público maior, há uma linha fina entre seriedade e simplicidade, ou seja, por mais que haja muito a se explorar, a narrativa principal é linear, e deve durar por 10 ou 12 horas de jogo para quem não se importa em acabar o game com bem menos de 100% dele resolvido.

Por conta disso, não é exatamente todo o universo de J.R.R. Tolkien que será encontrado no jogo, mas os ambientes mais importantes. É justo dizer que, graficamente, LEGO LOTR é o melhor game da franquia, tanto em termos de aplicação de texturas, muitas delas mais "adultas" (para seguir o estilo dos filmes), como pela sensação de escala: tudo é grandioso. Os cenários ficaram belíssimos, e criaturas como trolls ou orcs são divertidas e bem desenhadas ao estilo LEGO. Assim como é possível percorrer grande parcela do mundo a pé, para destravar extras e dar uma olhada nas ambientações.

Atire o anão

Há algumas omissões, principalmente na última parte, o Retorno do Rei, e alguns personagens aparecem somente nas animações entre as fases, como Arwen, Eowin, Denethor ou Galadriel. Contudo, há uma variedade de personagens extras para coletar, incluindo Bilbo, Gloin, Gil Galad e até Tom Bombadil, que vagam por determinadas áreas, esperando serem descobertos. Como o jogador conhece a história, por outro lado, a maioria dessas lacunas não prejudica a jogabilidade ou a história, não há surpresas narrativas, mas há piadas.

Entre elas, estão as conquistas - todas com frases retiradas dos livros - e mecânicas divertidas, como atirar o anão (não pela barba), sincronizar os cavalos dançantes ou atirar flechas de banana que podem ser letais. Inclusive, com a variedade de personagens, há sempre algo novo a fazer, e jogar em modo cooperativo ajuda a experiência a ser mais completa. Enquanto Gimli pode quebrar certos tipos de pedras, Legolas pode pular mais alto ou andar em cima de cordas. Já Sam pode plantar e criar fogueiras. Muitas das resoluções de quebra-cabeças, ou o avanço de fases, requerem uso de três ou mais personagens, o que traz mais dinamismo ao jogo.

Outra mudança é o peso das armas. É bem diferente estapear inimigos com os punhos, quando você é um hobbit; ou empunhar espadas ou o machado do anão. Além disso, a mecânica da franquia parece mais refinada a cada novo game.

Espere eu guardar minha tocha, Espectro

Nesta versão, os personagens podem carregar até oito itens, em um sistema parecido ao de equipar magias em LEGO Harry Potter. Isso pode ser funcional, mas às vezes atrapalha, especialmente quando você deve precisa de algo em meio a um combate. Vale comentar também que a resolução de missões pode ser um pouco repetitiva e a câmera ainda atrapalha, dependendo do segmento, quando é necessário mais precisão para pular.

O maior entretenimento de qualquer LEGO começa, porém, quando a narrativa principal termina - e este não é diferente. É aí que se inicia a diversão da exploração, quando o jogador está livre para encontrar colecionáveis, destravar extras e vagar pela Terra-média. O game ainda inclui tarefas que podem ser realizadas por outros personagens, para angariar tesouros, além de combinar itens - alguns sérios e outros, nem tanto.


Meu precioso

Por mais que algumas franquias estejam demonstrando sinais de esgotamento por conta de repetimento de mecânicas, LEGO mantém-se sempre como um jogo que vale a pena experimentar. Como a recriação de mundo e personagens é sempre diferente, há um sentimento de renovação a cada versão. LEGO Lord of the Rings ainda adiciona as vozes originais dos atores do filmes e apresenta os melhores gráficos da série. O problema são os pequenos erros que também se tornaram incorporados à série e talvez a necessidade de ver mais do universo, para quem é fã de Tolkien.


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